Vídeo: PSICÓLOGO CRITÍCA POSITIVIDADE TÓXICA | Lutz Podcast [Resposta]
Vídeo: PSICÓLOGO CRITÍCA POSITIVIDADE TÓXICA | Lutz Podcast
Resposta:
A fala desse psicólogo é basicamente isto: “eu não gosto do seu extremo, venha para o meu extremo. “. Ele ainda diz “é isso que eu vejo muito na clínica, onde eu tento desfazer um monte de cagada que as pessoas fazem”. Desfazer o que exatamente? Aliás, essa palavra é suspeita. O correto não seria “desconstruir”? Sim, não é “desfazer”, é “desconstruir”, muitos usam esse termo, mas dessa vez a pessoa foi criativa e falou “desfazer”.
Muito esperto…
Bem…. Desconstruir o que mesmo? Não dá para a pessoa ser otimista, espiritualizada e realista ao mesmo tempo? É ateu, ok, descarte o “espiritualizada” se quiser (isso é com você), mas a pessoa tem MESMO que adotar a sua bandeira ideológica agora? Aí de repente todo mundo resolve que é melhor trocar a meditação, a oração, os hobbies ou quaisquer outras atividades de autodesenvolvimento pelas consultas com o psicólogo ou com o psicanalista, aí passar-se-ão 15 anos e teremos uma geração de hipocondríacos com medo de uma doença sem comprovações científicas a respeito do grau de periculosidade que DITAM que ela tem, mas não que eu esteja dizendo que a doença não é grave, é só que…….. alguém vai aumentar o ponto (E VAI AUMENTAR MUITO), e vai ter muita gente acredito nesse alguém (e nesses alguéns) por que 15 anos atrás estava na moda o niilismo e o hedonismo. Aliás, é possível existir niilismo sem hedonismo e vice-versa? Freud que o diga. O mundo desabará e eis que teremos várias pessoas presas ao medo. Ah pera, é EXATAMENTE hoje que isso está acontecendo, não é mesmo? É hoje que é a geração “iluminista”, a geração das ideias iluminadas, das pessoas que já nasceram sabendo de tudo e que não precisam aprender nada, tanto sabem que não aceitam ser contestadas e não aceitam quem não é um materialista como elas. Hoje temos as pessoas das ideias iluminadas e das mentes escurecidas, por isso elas precisam de tais ideias, por que elas mesmas não tem luz.
Não há o que se “desfazer” nessa dita positividade “tóxica”(aliás a palavra “tóxica” nos últimos anos teve uma baita deturpação do termo), o profissional de psicologia poderia pensar assim “O que há de ruim nessa mentalidade extremista do otimismo e que eu posso substituir pelo meu conhecimento em psicologia sem acusar a pessoa de estar fazendo algo ruim? “, ou seja, ele não iria desconstruir, oops, desfazer o que a outra pessoa tem, mas aprimorar. Bruce Lee não chegou no ocidente dizendo “Artes marciais são tóxicas, aqui, usem essas armas de fogo, que eu desenvolvi, como filosofia e defesa pessoal. “, e aposto que Bruce Lee já deve ter pensando muito em dizer algo assim, se tem uma pessoa que tinha todo o direito de chamar as artes marciais da época de “tóxicas”, esse alguém era Bruce Lee, entretanto, muito pelo contrário, o que ele fez foi tirar o que tinha de melhor em vários tipos de artes marciais, incluindo o boxe, ele aproveitou também elementos de filosofia e passos de dança, e criou o Jeet Kune Do, e mesmo assim ele deixou claramente que o praticante de Jeet Kune Do não deveria engessar o sistema de JKD. Inclusive Lee, assim como esse psicólogo fez com a positividade, criticava o fato de certas artes marciais serem bonitas, mas serem muito ineficientes, só que Lee nunca chamou uma arte marcial de “tóxica”. O psicólogo ainda tenta dar uma disfarçada fazendo uma enrolação dizendo não ter problema você ser positivo, contanto que você resolva o seu problema também, ou dizendo que Fulana de tal tem um método que usa uma positividade benéfica, mas horas, benéfica baseada em quê? Qual critério ele usa para julgar se o método do outro é bom ou ruim? Só por que ele tem um papel impresso que o Estado deu pra ele e diz que agora ele, após o Estado o ter ensinando um método do Estado na universidade, está apto a dizer como as pessoas devem se comportar? Isso não significa que ele esteja certo quando “descontrói” algo. Se fosse assim, Gautama Buddha teria sido um ditador. E esse termo “desfazer”, para ser mais específico: “desconstruir”, é de origem marxista, isso NUNCA deveria existir em uma profissão do setor da saúde mental. O termo “desconstruir” vem do desconstructionismo, filosofia ligada ao Marxismo, criada por Jacques Derrida e repercutida por Michel Foucault, que afirma não existirem fatos, lógica, verdades, racionalidade, nem ciência, NEM CIÊNCIA!!! O desconstrucionismo diz que as palavras não têm significado; que não há nada no mundo exceto um construto subjetivo dado pela sociedade (capitalista) opressora. Essa é aquela mesma noção de que o homem é o lobo do homem, de que o homem é um resultado do ambiente, isso nega quaisquer traços de individualidade que uma pessoa possa vir a ter.
É preciso ter cuidado quando se usa essa expressão “desconstruir”, ou “desfazer”, ou algo que tenha a mesma semântica, pois a pessoa pode ser confundida com alguém que age por viés ideológico, e se age por viés ideológico, ou seja, se o profissional do setor da saúde mental está fazendo uso de ideologia política, ele não deveria ter o direito de cuidar da vida dos outros! Por quê? Por que para ele mais valem arbitrariedades saídas das cabeças de lunáticos (e que ele pensa que são pessoas verdadeiramente estudiosas, inteligentes), do que soluções factuais. Aliás, e as semelhanças da psicologia e da psicanálise com o marxismo, algum psicólogo ou psicanalista ousa falar delas?
Coisas como Freud incentivando a celebração do desejo sexual, assim como as ideologias marxistas incentivam, porém, nenhum deles falam que celebrar essas coisas leva a apegos, apegos que viram hábitos, hábitos que viram vícios, vícios que naturalmente viram sofrimento.
Algo que foi usado como exemplo no vídeo é sobre acontecer uma tragédia na vida da pessoa e falarem para ela ser positiva. Ok, mas quem é que faz isso? Você que estiver lendo isso conhece alguém que, passando por um momento extremamente trágico ouviu de outra pessoa “Você precisa ser positivo”? Provavelmente não. Pode ser que em uma situação onde a pessoa passou por algo ruim, mas não trágico, virem para ela e digam que ela precisa erguer a cabeça, ser positiva e continuar tentando, mas em situações trágicas isso não é normal não, geralmente o máximo que vão fazer é consola-la, inclusive dizendo que é necessário aceitar a situação e seguir em frente, por mais desesperador que seja. Afinal de contas, não é disso que esse psicólogo está falando, de aceitar a situação? E ainda assim esse negócio de “Você tem que aceitar o que você não consegue mudar” não é algo tão honesto assim quando é dito por um profissional que está literalmente rendido ao Estado, rendido à carteirinha que o Estado o deu para atuar no mercado, a famosa licença de qualquer área que uma pessoa precisa de licença para atuar, pois o paciente fazendo acompanhamento com psicólogo ou com psicanalista acaba por passar a vida inteira se “desfazendo”, trabalhando naquele problema que precisa ser corrigido, fica andando em círculos. Há um foco exclusivo no sintoma, mas não na causa.
Posso falar de uma pessoa que teve a vida completamente virada ao avesso por ter contrariado a máfia estatal, a pessoa em questão era profissional de veterinária e às vezes acabava por fazer algumas consultas de graça na clínica, por haverem clientes que não tinham condições de pagar, e ela era uma excelente profissional. Resultado: a pessoa teve a licença cassada, recorreu, o juiz negou, e depois se sucederam eventos na vida dessa pessoa que só pioraram a situação dela. É isso o que acontece com os profissionais que quebram as regras, e isso não seria diferente com os psicólogos, mas também muitos profissionais, se não a maioria, querem que seja assim, são cagadores de regras, crias do marxismo que têm pavor de tratar as coisas de forma objetiva e precisam ficar inventando moda toda hora, pois tratar as coisas de forma objetiva é chato: não dá dinheiro, status e nem fama.
Usemos como exemplo que o psicólogo citou sobre fazer a pessoa entender que o que atrapalha a felicidade dela é que ela não vê que a causa do sofrimento dela são os pais dela, e que ele diz ajudar a pessoa a enxergar isso. Ok, e depois? Tá, a pessoa enxergou que ela sofre por que ela tem pais controladores (apenas uma suposição), ela identificou o problema, mas como ela resolve o problema? O que vem depois, odiar os pais? Por que se o problema são os pais, então os pais é que “precisam ser resolvidos”, e vai “resolver os pais” como? Vai sentar com eles e conversar, negociar, dizer que precisam mudar, ou vai fazer o que a MAIORIA das pessoas faz depois que descobre onde está o problema: começa a odiar o objeto “causador” do sofrimento. Em casos extremos a gente sabe o que acontece, eu não preciso falar aqui. Observe como a pessoa não foi libertada de problema algum, o cara só apontou o dedo e encontrou um culpado, praticamente dizendo “São seus pais a causa do seu sofrimento, aceite isso”. É a isso que se resume a psicologia, mas acredite: a psicanálise consegue ser ainda pior.
Não só a psicologia e a psicanálise, como também a medicina ortodoxa, o nutricionismo, a psiquiatria, qualquer profissão relacionada a saúde, pode ser até a profissão de professor de educação física ou de instrutor de academia (que precisa ser formado em educação física), no meio de todas elas vai ter esse método de não trazer uma solução para que a pessoa de fato se livre de um problema, ou pelo menos aprenda a aceitá-lo de fato e conviver com ele de forma que ele não atrapalhe a vida da pessoa. No nutricionismo vão te passar informações erradas sobre alimentos que são verdadeiramente saudáveis, como dizer que óleo de coco, bacon e ovos aumentam o colesterol, mas não dizem qual colesterol, já assumem que o colesterol em si é ruim, ou no caso do instrutor de academia que ensina a executar o exercício do Smith (um equipamento de agachamento) de uma forma que cedo ou tarde você vai estourar o joelho, pois a forma que eles ensinam sobrecarrega todo o peso da barra no joelho, vou até deixar algumas imagens aqui para exemplificar:
O método a seguir é o método incorreto de se fazer agachamento no Smith, que não apenas é perigoso para os joelhos, como também é totalmente ineficiente, a pessoa está desenvolvendo os músculos do calcanhar?
O método a seguir é o método correto, pois a pessoa não tem nada que a impeça de cair pra pra trás, pra frente ou para os lados, portanto, ela é obrigada a ter uma postura correta, e também a usar pesos que não a façam cair de lado e não forcem tanto o corpo dela durante o movimento (sim, quando é no caso do Smith as pessoas acabam usando mais peso), embora, obviamente, o carga varie de pessoa para a pessoa.
Na imagem a seguir a pessoa colocou uma carga pesada demais, e mesmo com a ajuda do instrutor, poderia ter sofrido um acidente:
Não, por favor, não, simplesmente pare!
Na medicina ortodoxa o médico prescreve um remédio para tratar um sintoma, remédio que por sua vez acaba gerando outro tipo de problema no paciente, que vai precisar de outro tipo de remédio pra resolver o problema do remédio anterior e de repente a pessoa está tomando 3, 4 tipos de remédios para problemas que ela nunca teria tido se não fosse aquela primeira consulta. Esses são apenas alguns exemplos de coisas que acontecem todos os dias e passam desapercebidas pela maioria das pessoas e é assim que são as profissões dos diversos setores da saúde, são engrenagens do sistema para mante-lo operante enquanto seus agentes dão soluções paliativas para os pacientes e assim o sistema suga o máximo dos pacientes, PELO RESTO DA VIDA, e quanto mais o tempo passa, mais profissionais ruins entram no mercado de trabalho, e isso é devido principalmente a politicagem sendo enfiada nessas coisas, o aspecto ideológico. Como na franquia Matrix, onde as pessoas são usadas como baterias a vida toda para alimentarem o sistema, o Estado do mundo real suga as pessoas a vida toda enquanto as mantém na ilusão de que ele é necessário, e assim como em Matrix, muitas dessas pessoas estarão dispostas até a lutar para defenderem o sistema. E prosseguindo com a analogia, em tempos difíceis como o que estamos passando, qualquer um pode ser um agente do sistema, qualquer um pode ser a pessoa que vai te denunciar para o partido do Führer, por não concordar como as coisas são feitas e querer se tornar independente, e fazer a diferença, dessa letargia sistêmica.
O profissional da saúde mental diz para o paciente que ele deve se aceitar, mas o paciente não se aceita de fato, o que ocorre é que ele fica constantemente procurando em si coisas nas quais ele “precisa trabalhar”, e é aí que surgem os neomísticos, os falsos coaches de desenvolvimento pessoal, os gurus da internet e falam “Use os cristais X, tenha uma atitude Y, faça Z”, e de repente a pessoa segue esses “conselhos” e…. melhora de vida!!!??? Sim, de repente aquela pessoa que passou a vida inteira no consultório agora já quase nem faz isso mais, por que o método alternativo conseguiu libertar a pessoa de um problema que a fazia andar em círculos, porém esse “libertar” é temporário, pois passa-se um tempo e a pessoa está infeliz de novo, só que agora com a tal da positividade “tóxica”, e lá vem os profissionais da saúde mental de novo… eles já chegam dando voadora e falando “Eu avisei. “, como na política: Fulano é eleito, um monte de gente fala que Fulano vai ferrar com tudo, no começo Fulano faz alguns agrados, mas depois Fulano realmente acaba ferrando com tudo, aí os críticos ficam satisfeitos por que “estavam certos”, depois o lado ideológico dos críticos entra no poder e agora é a vez do outro grupo falar que o lado opositor vai acabar com tudo, e a história se repete, o outro lado ideológico acaba com tudo, e esse delírio se perpetua para sempre até que a situação se torne insustentável. São extremos, sempre um tentando anular o outro, e quem sai perdendo é o bocó sem pensamento crítico, o famoso gado (ou NPC para os mais íntimos). Quem sai ganhando? Quem quer que esteja no poder, quem quer que esteja lucrando com tudo isso e quem quer que esteja no poder e lucrando com tudo isso simultaneamente.
É perfeitamente possível aproveitar o que há de bom em cada método e descartar aquelas coisas que não funcionam, enquanto não se puxa o saco de autores, profissionais, autoridades, coaches ou quem for. Eles fizeram alguma contribuição? Ok, obrigado, não fizeram mais do que a própria obrigação, pois é óbvio que não trabalharam de graça, portanto, não há uma positividade tóxica, o que há são pessoas se prendendo a extremos, e depois que se dão mal vão culpar o mundo. Se há uma positividade tóxica, podemos dizer também que há uma psicologia tóxica, ou que há uma psicanálise tóxica, ou que há uma psiquiatria tóxica. Por que não? Por que a crítica vale para um lado, mas não vale para o outro lado? Eu disse uma vez e vou dizer de novo: um diploma é só um pedaço de papel.
O que faz um verdadeiro profissional altruísta é sua capacidade legítima de tentar solucionar os problemas do cliente, inclusive é a isso que chamamos de empreender, é a capacidade do profissional de trazer soluções reais para problemas reais, e não soluções paliativas para manter as pessoas escravas do sistema.
Muitos podem dizer que o mercado hoje está precisando de profissionais competentes (e está mesmo), porém, o mercado de hoje não os merece, e não os merece por que as pessoas precisam dar menos importância ao Capitão Óbvio de cada esquina e precisam aprender a dar mais importância à capacidade analítica delas, pois elas são capazes de exercerem a razão. As pessoas são capazes de analisar o que presta e o que não presta nos mais diversos métodos e situações, o grande problema é que a maioria está acomodada e só quer soluções fáceis dadas por terceiros, daí surgem todos os tipos de vendedores de óleo de cobra.
Por Matheus Lopes