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Como se portar diante de Americanos (Estadunidenses) na vida pessoal e no mundo dos negócios – Lucre Bem

Como se portar diante de Americanos (Estadunidenses) na vida pessoal e no mundo dos negócios

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Baseando-me no sei da cultura americana, resolvi criar este artigo. Sinta-se livre para expor a sua opinião nos comentários. Este é um artigo de 2014 e está sendo atualizado em 2020.

1 – AMERICANOS NÃO SÃO ESTADUNIDESENSES

Por que não dizer “Estadunidenses”? Bem, a América não é um país, é um continente… Apenas para os “americanos” é que é um país, mas se você estiver nos Estados Unidos, é melhor você referir-se ao país como “América”.

Atente-se a isto: seja você brasileiro ou latino-americano (sim amiguinho, brasileiros não são latinos no sentido de “hispânico”), lembre-se da enorme diferença entre tais culturas e a cultura dos Estados Unidos. Aquele jeito caloroso de chegar cumprimentando todos, ser amigável, sorrir, aquele calor natural que brasileiros possuem, e que também boa parte dos portugueses possuem, não funciona nos Estados Unidos, a menos que você esteja em Los Angeles ou Miami, lugares que estão cheios de latinos. Não funciona por quê? Enquanto para nós isso é normal e é até uma forma educada de lidar com as pessoas, para eles isso pode passar uma das impressões a seguir: – Um Troll: Pessoa que sacaneia com todo mundo, fazendo brincadeiras de mal gosto. O termo Troll designa-se a Loki, Deus das Travessuras, na mitologia nórdica. Logo, agir dessa forma pode acabar demonstrando certa falta de respeito pela outra pessoa, aproveite bem essa dica, isso também serve para quando você for falar com japoneses, a única diferença é que os japoneses valorizam muito a formalidade (O jeito polido) e a humildade, enquanto no caso dos Estadunidenses educação e humildade demais pode passar uma imagem de incompetência, podem pensar que você possui uma personalidade fraca.



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– Um ladrão/malandro: Isso mesmo, em uma cultura onde as coisas são levadas tão a sério, ser amigável demais pode passar uma imagem de malandro, alguém que vai querer tirar vantagem do outro, em menor ou maior grau.

– Um maníaco psicopata que faz School Shooting: De maníacos à pedófilos, a paranoia americana não tem limites na hora de te considerar uma ameaça. Ser caloroso demais pode significar que você está tentando esconder algo (na visão deles).

– Pessoas intrometidas: Aquela velha frase “Cuida da sua vida que eu cuido da minha”, no Brasil é muito comum encontrarmos pessoas que adoram cuidar das nossas vidas. Isso de intrometer-se nas vidas de terceiros é uma prática muito comum no país do Pelé (principalmente se você mora em uma cidade pequena), e como é feia essa prática, seria ótimo se houvesse a mesma quantidade pessoas dispostas a pagar as minhas contas que a quantidade de pessoas dispostas a cuidar da minha vida, seria ótému!

2 – CUIDADOS A SE TOMAR NO DIA-A-DIA

Decidiu morar nos EUA? Lembre-se: não são eles quem devem se adaptar à sua cultura e sim você à deles, principalmente se você for brasileiro, pois brasileiros de forma geral são muito mal vistos nos Estados Unidos. Eu não estou aqui para agradar as pessoas, brasileiros são sim mal vistos nos EUA, por mais que surjam americanos dizendo que amam o Brasil.

Americanos possuem certos defeitos e qualidades que você deve levar em consideração, caso queira conviver bem com tais pessoas. Valorizam em excesso coisas consideradas por nós como frescura, mas algumas dessas coisas, pelo menos do meu ponto de vista, são aceitáveis:

– Presença: Ter um bom sorriso, não cometer gafes (Cometer gafes na frente de um americano é pior do que matar alguém). Seus modos são talvez uma das coisas mais importantes entre eles.

– Status: Isso aqui vai depender da região, por exemplo, as pessoas do leste, digamos… da cidade de Nova York, só se importam com quem você é, de onde você vem, de quem você é filho e quanto dinheiro você tem no banco, NYC não é bem uma das melhores cidades do mundo para se viver, muita gente estressada, já ouvi dizer também que é muito comum implicarem com você (espere ser agredido ou morto), por outro lado, os texanos e os californianos são pessoas muito amigáveis.

Outro detalhe é que em um país onde é tão fácil ganhar dinheiro, não pega bem andar com roupas maltrapilhas, usando gírias o tempo todo, ou, até mesmo, fingir-se de mendigo para descolar uma graninha extra, coisa que acontece muito no Brasil, não sabia? Tá cheio de BR vagabundo que tem a vida boa, mas fica na rua pagando de mendigo pra descolar uma grana extra. Pedintes não são vistos com bons olhos por americanos, claro que não posso falar que todos os americanos são assim, mas veja bem: Num país onde 1 dia de trabalho braçal te garante dinheiro pra comida e abrigo, por que você vai ser pedinte? Já a pobreza no Brasil é um assunto sério, devido à alta taxa de impostos que pagamos, mentalidade anticapitalista ferrenha,  dentre outras coisas, mas na cultura dos Estados Unidos um pedinte é tido como um vagabundo que não quer trabalhar.

– Se você tiver 40 palavras pra dizer, diga apenas 5: Eles não gostam de pessoas que falam demais, e muitas vezes até mesmo pessoas que falam de forma moderada, fale somente quando realmente for necessário falar. Motivo: Se está falando demais é por que não tem mais o que fazer ou pode está tentando descobrir algo pessoal.

– Nunca diga US Resident, e sim, American: Se quiser travar uma batalha de 10 dias e 9 noites, diga que o termo “American” (Americano) está errado ao se definir alguém que nasceu nos Estados Unidos, isso deve-se ao fato de Estadunidenses serem muito orgulhosos, e criticar assuntos relacionados à pátria não é o meio mais amistoso de se iniciar uma relação, na verdade, é como chutar a imagem da Ave-Maria no Brasil na região mais católica do nordeste. Liberdade de expressão você tem, mas eles também tem.

– Não deixe de dar gorjetas: No Brasil a gorjeta é algo que nem deveriam pedir, pois o brasileiro já paga gorjeta demais para os políticos (se é que me entende), logo, é comum brasileiros não darem gorjetas e é até compreensível, por outro lado, por ser muito fácil ganhar e gastar dinheiro nos Estados Unidos, deixar de dar gorjeta é algo praticamente inaceitável, primeiro por que você passa uma imagem de pão-duro, segundo por que alguns estabelecimentos tem um tratamento diferenciado (Melhor) para clientes que dão gorjeta, pois a gorjeta acaba servindo como uma forma de incentivo ao trabalho. Uma curiosidade: no Japão é o oposto. Japoneses não aceitam gorjetas, pois acreditam que o funcionário não está fazendo mais do que a própria obrigação ao atender o cliente, pedir gorjeta seria um abuso. Os japoneses também fazem cara feia quando o cliente deixa comida no prato, isso é visto como falta de educação, é uma desfeita contra o cozinheiro, o que, em minha opinião, é algo estúpido, pois o cliente não é o cozinheiro, o cozinheiro está sendo pago para servir o cliente, se o cliente não gostou da comida, isso é problema do restaurante. Acredite ou não, em restaurante brasileiro já cheguei a largar comida no prato por que a comida era ruim, e me olharam torto, mas quem estava pagando era eu. Esse é um dos pontos positivos da cultura americana: A mentalidade capitalista, mas que hoje infelizmente está acabando graças ao crescimento do marxismo na cultura (não vou tratar desse assunto aqui).

Esteja ciente da idiotização cultural: Einstein certa vez disse “Eu temo o dia em que nossa tecnologia ultrapassará a interação humana e então teremos uma geração de idiotas”. É o que está acontecendo nos Estados Unidos, tanto que até existe um filme chamado Idiocracia (Pesquise no Google: Idiocracia IMDB), que em minha opinião é um filme ruim, mas a ideia por trás do filme retrata bem o que está acontecendo no país. A geração atual está se perdendo: embora possuam tudo de bom e do melhor,  a cultura do cancelamento está indo a todo o vapor, e, você sabe como é o Brasil né? Os brasileiros estão copiando tal cultura, já que no Brasil é comum que as pessoas copiem tudo o que não presta na cultura americana.

COMO TRATAR COM ESTADUNIDENSES NOS NEGÓCIOS E CARACTERÍSTICAS BEM VISTAS NA VIDA PROFISSIONAL E PESSOAL

– Não ofereça nada de graça: A paranoia rola solta, por isso é preciso tomar extremo cuidado com tudo o que se diz e se faz. O termo “De graça” nos Estados Unidos é visto como malandragem, funciona como na conversa entre John e Mike:

John: Estou começando no meu ramo de atividade agora, se você contratar o meu serviço eu faço de graça, preciso disso apenas para implementar o meu portfólio.
Mike: Que isso, cara? Vai fazer nada de graça não, eu te pago.

Essa situação é ambígua, John pode ser uma pessoa honesta ou pode ser alguém que estava esperando justamente pela resposta “Não, eu te pago”, ou Mike pode ser uma pessoa espertinha que vai se aproveitar da honestidade de John. Logo, o correto seria:

John: Sou iniciante na minha área, cobro x pelo meu trabalho, fiz um portfólio com projetos individuais apenas para demonstrar as minhas habilidades.
Situação 1, quando há honestidade
Mike: Vou te pagar o valor que você merece, que é mais do que isso.
Situação 2, quando há desonestidade.
Mike: Que isso, cara? Dá um desconto aê, Fulano faz mais barato e é o mesmo serviço.

Resposta independente da situação
John: Sinto muito, mas meu preço é esse, eu não seria justo com você se eu cobrasse mais, e nem seria justo comigo se eu cobrasse menos, além disso, a minha forma de trabalhar é diferente da de Fulano. Se ainda assim o senhor acredita que deve contratar Fulano, eu vou entender.

Nisso ou John ganha o cliente ou perde o cliente.

Outro ponto negativo de se trabalhar de graça é que, se é de graça, é por que não presta. Se nem mesmo no Brasil você terá sorte se resolver trabalhar de graça pra construir portfólio, imagine nos Estados Unidos onde praticamente tudo tem um preço, até um favor que você pede para o vizinho.

Características admiradas por americanos:

– Responsabilidade: Você disse que vai fazer, faça, isso garantirá vários pontos para você.
– Cumprimento de horário: Brasileiros possuem um estigma nesse quesito, ou seja, já existe entre os americanos o estereotipo de que todo brasileiro chega atrasado em compromissos, e isso não é algo muito distante da realidade, portanto, eis um pequeno detalhe que vai fazer toda a diferença pra você se você levá-lo a sério.
– Competência: Já está fazendo, aproveite e faça bem feito, seja o melhor no que quer que esteja fazendo, seja criando um plano de marketing ou limpando o chão de uma empresa. Lembre-se: Nos EUA você é pago por hora.
– Seriedade: Lembra do que eu disse sobre Trolls?
– Honestidade: Creio que este seja o valor mais importante, trabalhe prol dos outros, tenha um certo censo de comunidade, isso é muito admirado não apenas pelos americanos, mas por qualquer pessoa decente de país de primeiro mundo.
– Discrição: Ninguém quer saber da vida dos outros e muito menos da sua, e nem tem tempo pra isso, pois todos as pessoas estão preocupadas demais tentando resolver os próprios problemas, portanto, não seja um fofoqueiro de plantão ou um ostentador de carteirinha, fique na sua, não fale com a pessoa sobre coisas que te interessam e sim sobre coisas que interessam a ela, e só dê palpites quando pedirem sua opinião.
– Sinceridade: Elogie sem puxar o saco, faça críticas antecedidas de elogios e nunca faça críticas destrutivas, na verdade, não recomendo qualquer tipo de crítica que seja. Por serem muito orgulhosos, e pela cultura do cancelamento estar crescendo bastante, podem tomar qualquer coisa como ofensa e “caírem matando” em você, principalmente por você já ter o estigma de ser imigrante, é aquilo “O cara sai do país dele pra vir me encher o saco na minha terra, que cara abusado”.
– Limites: Conheça seus limites. Se você não souber fazer o trabalho, não faça, ou contrate alguém que saiba, conheça seus limites. Também não é bom tentar dar um “jeitinho” nas coisas e nem pedir que dêem um jeitinho pra você, jeitinho só existe no Brasil.
– Tempo: Nos Estados Unidos há tempo para tudo, pois tempo é considerado dinheiro, não há tal coisa de “Deixar o tempo passar” ou “Conversamos por tanto tempo que nem vi o tempo passar”, se você tem que trabalhar a partir das 9 da manhã, tem 1 hora de almoço, tem que buscar seus filhos na escola às 4 e meia da tarde, mas sabe que só irão ficar com eles até às 5, tem que pagar uma diarista pra cuidar da sua casa, tem que sair à noite com a sua esposa para a casa de amigos e voltar às 8, faça tudo cronometrado, não enrole e não tome o tempo dos outros.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Nova Iorque

Pareci um chato insuportável falando essas coisas né? Bem, é como funcionam as coisas entre americanos, é ainda pior para o imigrante, que na maioria das vezes será visto como um “invasor”.

Costumo dizer para os meus amigos que é melhor que desiludam com americanos, pois existem países da Europa onde a cultura é muito mais amistosa com brasileiros, como Portugal. Os brasileiros são iludidos com os EUA, mas não tarda percebem que americanos, muitos, até tem medo dos brasileiros. Então não adianta você achar que será bem recebido por americanos, por que não vai. Podem até ser educados com você, mas não serão amistosos com você da mesma forma que os brasileiros são amistosos com os americanos quando os americanos visitam o Brasil.

Por outro lado, ainda será melhor para você morar nos EUA do que no Brasil, pois ao menos terá uma vida decente, segura e confortável, coisa que pra se conseguir no Brasil é complicado. Sem contar que no Brasil adoram cuidar da sua vida. E a falsidade americana, onde entra? Bem, é muito diferente no Brasil? No Brasil é ainda pior, pois você é feito de palhaço e não pode reclamar:

– O Estado brasileiro cobra impostos altíssimos e os brasileiros não fazem nada a respeito.
– Além do fato dos brasileiros não fazerem nada a respeito dos impostos altos, muitos gostam disso devido a cultura do concurso público, já que o que vale em terras tupiniquins é ser rei (ou amigo do rei) e não ser empreendedor.
– São 6 meses seguidos trabalhando só para se pagar impostos.
– Muitos brasileiros adoram ostentar o que não tem, ou até tem, mas tem parcelado em 32x no cartão. Não confunda ostentação com o seu direito natural de ser rico e ter uma vida confortável. Ostentar-se é exibir-se de tal forma que o único intuito é provocar inveja nos outros, e no Brasil isso é algo admirável, mas se você fizer isso nos Estados Unidos, você se ferra na hora.
– No Brasil você fica feliz por que conseguiu comprar um carro no valor de 50 mil Reais, usado, e dividido em 72 prestações, enquanto que nos Estados Unidos com o mesmo poder de compra (de acordo com a moeda american) você compra um carro que no Brasil te custaria mais de 200 mil Reais facilmente.
– No Brasil em cada esquina tem um esperando para te passar a perna.

De qualquer forma, este é apenas um artigo informativo para aqueles que, ou são iludidos com os Estados Unidos, ou estão de partida para o país e estão pesquisando sobre a cultura. Minha opinião atual é que é melhor que as pessoas procurem outro país para morarem, a mentalidade anticapitalista está crescendo muito entre os americanos, acredito que dentro de 10 ou 20 anos todos os estados estarão iguais ou piores do que o estado da California, ou seja, se as coisas continuarem como estão, os EUA irão se tornar um país de terceiro mundo.

Bem, vou parar por aqui. Obrigado pela leitura, até o próximo artigo.

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