Pode o ovo, o alimento dos deuses, substituir a suplementação de Ômega 3 da Top Therm?
Resolvi fazer o meu dever de casa e pude chegar à conclusão de que consumir ovos orgânicos cozidos, em minha opinião, tem um custo benefício muito maior do que consumir o suplemento Ômega 3 da Top Therm. Veja só:
1* “De acordo com a base de dados de nutrientes do Departamento de Agricultura dos EUA, um ovo médio contém cerca de 2 mg de EPA e 16 mg de DHA. Tal fornece aos ovolactovegetarianos quantidades muito reduzidas de EPA e DHA.” Observe que isso é um ovo médio não orgânico.
2* De acordo com o Dr Victor Sorrentino em seu blog: “O ovo orgânico ou caipira, chega a ter de 10 a 20 vezes mais ômega 3 do que o não orgânico!”
Se um ovo orgânico (ovo caipira) chega a ter de 10 a 20 vezes mais ômega 3 do que o não orgânico, logo, 18mg x 10 = 180mg, 18mg x 20 = 360 mg
3* De acordo com a informação nutricional do Ômega 3 da Top Therm:
“Duas cápsulas de ômega 3 da Top Therm tem:
EPA (ác. eicosapentanóico) 360mg
DHA (ác. docosahexanóico) 240mg”
O que dá 600mg de ômega 3.
4* De que acordo com um estudo da pubvet intitulado Enriquecimento com ácidos graxos da série ômega 3 em carne de aves e ovos:
“Em média, um ovo enriquecido com ômega 3 contém cerca de 0.34 gramas de ácido alfa linoleico e 0.13 gramas de EPA + DHA, um total de cerca de 0.5 (500mg) gramas de ômega 3
Fonte: Modificado de Morris, 2003.”
5* De acordo com o site Healthline:
Um adulto saudável precisa de no mínimo 250–500 mg de ômega 3 (EPA + DHA) por dia.
6* Mas e quanto ao colesterol, quantos ovos cozidos você pode comer por dia?
De acordo com um estudo divulgado pelo New England Journal of Medicine, um homem 88 de anos consumia 25 ovos diariamente e ainda conseguia manter bons níveis de colesterol.
Devo deixar claro que todo este artigo que estou escrevendo refere-se apenas ao consumo de ovos cozidos. Ovos fritos, dependendo de como são preparados, podem sim aumentar o colesterol LDL (o colesterol considerado ruim), mas isso não é culpa do alimento e sim do tipo de óleo utilizado para preparar o alimento, por exemplo, óleo de soja é um tipo de gordura hidrogenada e contribui, e muito, para o aumento de colesterol LDL, não apenas quando é utilizado para preparar ovos, mas também outros alimentos como carnes. “Reduz o colesterol bom e aumenta o ruim: a gordura trans aumenta o LDL (colesterol ruim) devido à supressão das atividades de seu receptor no fígado. Isto faz com que o LDL continue circulando no organismo, além de elevar o risco da doença arterial coronariana pelo depósito do colesterol na parede do vaso sanguíneo. 6.1* “Estudos científicos citam que após os 20 anos de idade, o receptor de LDL já diminui sua eficiência, assim como em mulheres no período pós-menopausa. O colesterol HDL, conhecido como o bom colesterol, porque auxilia na remoção das moléculas de colesterol dos vasos sanguíneos, é reduzido com a ingestão da gordura trans”, esclarece o cardiologista.”
Mas se a sua pergunta persiste “Será que realmente não devo me preocupar com o aumento do colesterol?”, tudo bem, veja: 6.2* ” Além de não encontrarem um maior risco de derrames com um maior consumo de ovos, os pesquisadores não encontraram associação significativa entre ovos e pressão sanguínea elevada. Aliás, os pesquisadores apontaram duas meta-análises, analisando as populações Chinesa e Sueca, que encontraram um substancial menor risco (-9%) de derrame hemorrágico com um maior consumo de ovos (>1 ovo/dia).”
7* Também de acordo com o médico Lair Ribeiro, fora todos os benefícios que ele cita que o ovo possui, ele afirma comer em média 6 ovos diariamente e o colesterol (LDL) ainda baixa.
8* Por que no título está dizendo que o ovo é o alimento dos deuses?
Citando:
OVO – INGERIR OU NÃO INGERIR?
Simbolicamente, o ovo tem múltiplos significados – renascimento, fertilidade, universalidade, criação da vida, sorte, felicidade. Mas é na alimentação que o ovo concentra seu maior benefício, com nutrientes capazes de promover saúde e qualidade de vida. O interesse da culinária por essa iguaria remonta há aproximadamente 3.200 a.C., período associado ao início da domesticação das galinhas. Com o passar dos anos, conquistou su- cesso nos banquetes da era Mesopotâmica, ganhando várias versões de preparo, graças à sua versatilidade. Especificamente nas Américas, a constatação é de que as aves domésticas foram trazidas ao continente na segunda viagem de Cristovão Colombo, em 1493. Os primeiros galináceos – pertencentes a linhagens da Ásia – seriam, portanto, parentes das galinhas poedeiras atuais. Durante as décadas de 1920 e 1930, os ovos eram produzidos em quintais, sendo, muitas vezes, vendidos por fazendeiros a mercados locais, com o objetivo de suprir as necessidades de suas famílias. Rentável, a comercialização de ovos gerou construções de galpões, capazes de abrigar lotes com até 400 galinhas. Na década de 1960, avanços tecnológicos e novos equipamentos permitiram que as pequenas fazendas passassem a produzir em larga escala, aumentando, consequentemente, sua ingestão. Na mesma época em que consumo de ovos se popularizava, despontavam estudos científicos sobre os riscos do colesterol para a saúde. Consolidado nas refeições – por agregar valor nutritivo, custo acessível e disponibilidade no mercado, o ovo repentinamente foi colocado na lista dos grandes vilões da dieta, após campanha da American Heart Association (AHA), a partir de 1968. Nos últimos anos, porém, o ovo tem recuperado seu antigo status, com a divulgação de novos dados científicos, desmitificando a crença de que provoca aumento do colesterol. Ao contrário da imagem de alimento prejudicial, o ovo hoje pode e deve ser consumido, pois, além de rico em macro e micronutrientes, promove – entre outros benefícios – saciedade, fator importante no gerenciamento do peso corporal e das doenças correlacionadas. Esta revisão, portanto, tem por objetivo apresentar os benefícios da ingestão do ovo – apoiada na revisão literária dos melhores artigos científicos disponíveis sobre o tema –, desmitificando preconceitos e destacando suas inúmeras contribuições para a saúde humana.
Conclusão: A meu ver, o consumo de ovos orgânicos cozidos (Principalmente se forem os enriquecidos) não apenas pode substituir o Ômega 3 da Top Therm pelo fato do suplemento da Top Therm ter apenas 600mg de ômega 3 por duas cápsulas, a um preço que também a meu ver é salgado, atualmente o Ômega 3 Low Reflux – 01 Frasco com 60 Cápsulas custa R$160,55 (https://www.toptherm.com.br/low-reflux-omega-3-01-frasco-60-caps/p?idsku=27), como também é uma excelente fonte nutricional para se acrescentar à sua dieta, visto que o ovo tem todos os nutrientes que a vida precisa. Pense em quantos ovos orgânicos você consegue comprar com R$160,55. lol
Eu espero que este artigo tenha sido de utilidade para alguém. Quem sabe na próxima eu escreva um artigo sobre o quanto as pessoas desperdiçam dinheiro num certo suplemento cujo nome começa com W e termina com Protein, feito à base do soro do leite, sabe o que é o soro do leite? É aquela parte do leite que tiram pra jogar fora. Dependendo da repercussão do artigo sobre o ovo, pode ser que eu escreva um artigo sobre o suplemento que pessoas poderiam utilizar o investimento dele até pra fazer a feira do mês.
Obrigado pela leitura, as fontes estão logo abaixo e vê se deixa um comentário aí. 😉
Até a próxima.
Fontes:
1* https://www.mudaomundo.org/nutricao/omega-3/recomendacoes
2* https://drvictorsorrentino.com.br/ovo-um-alimento-completo/
3* https://www.toptherm.com.br/low-reflux-omega-3-01-frasco-60-caps/p?idsku=27
4* http://pubvet.com.br/uploads/40208bd6c51800b3a62e95f2280b0526.pdf
5* https://www.healthline.com/nutrition/how-much-omega-3#general-guidelines
6* https://www.nejm.org/doi/full/10.1056/NEJM199103283241306
6.2* https://www.saberatualizado.com.br/2015/07/comer-ovos-aumenta-o-colesterol.html
7* https://youtu.be/GYv7GQrc-BE
8* https://lairribeiro.com.br/ovo-ingerir-ou-nao-ingerir/
E aqui vão mais 37 referências científicas a respeito do ovo, para você que ainda não se convenceu e quer se aprofundar no assunto:
- http://agris.fao.org/agris-search/search.do?recordID=KR2015002850
- http://www.nature.com/ejcn/journal/v68/n8/abs/ejcn2014107a.html
- http://link.springer.com/article/10.1007/s11745-013-3780-8
- http://journals.cambridge.org/action/displayAbstract?fromPage=online&aid=10010758&fileId=S0007114515003190
- http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S096399691300690X
- http://ajcn.nutrition.org/content/early/2013/05/15/ajcn.112.051318.short
- http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0899900713002116
- http://www.omicsonline.org/open-access/bad-cholesterol-or-bad-science-2161-0444-1000321.pdf
- http://www.mdpi.com/2072-6643/2/2/116/htm
- http://citeseerx.ist.psu.edu/viewdoc/summary?doi=10.1.1.334.1416
- http://www.nejm.org/doi/full/10.1056/NEJM199103283241306
- https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/7868978
- http://journals.cambridge.org/action/displayAbstract?fromPage=online&aid=8297185&fileId=S0007114511000237
- http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC2782876/
- http://health.gov/dietaryguidelines/2015-scientific-report/PDFs/Scientific-Report-of-the-2015-Dietary-Guidelines-Advisory-Committee.pdf
- http://ajcn.nutrition.org/content/103/3/895.short
- http://pubs.rsc.org/en/content/articlelanding/2012/fo/c2fo30154g#!divAbstract
- https://dash.harvard.edu/handle/1/23205173
- http://www.mdpi.com/2072-6643/7/9/5344/htm
- http://www.lenus.ie/hse/bitstream/10147/599221/1/Art1.pdf
- https://eurekalert.org/pub_releases/2018-05/b-dec051718.php
- https://www.npjournal.org/article/S1555-4155(11)00098-5/fulltext
- https://onlinelibrary.wiley.com/doi/full/10.1002/mnfr.201700689
- https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27739004
- https://www.mdpi.com/2072-6643/10/6/780
- https://onlinelibrary.wiley.com/doi/full/10.1002/mnfr.201700689
- https://academic.oup.com/ajcn/article-abstract/109/1/7/5266898
- https://www.mdpi.com/2072-6643/10/4/426
- https://jamanetwork.com/journals/jama/article-abstract/2728487
- https://jamanetwork.com/journals/jama/article-abstract/2728465
- https://www.bmj.com/content/364/bmj.l1214
- https://www.nature.com/articles/s41467-018-06931-6
- https://academic.oup.com/ajcn/advance-article-abstract/doi/10.1093/ajcn/nqz066/5490306
- https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/29111915
- https://journals.sagepub.com/doi/10.1177/1559827619892198
- https://academic.oup.com/ajcn/advance-article-abstract/doi/10.1093/ajcn/nqz348/5713417
- https://link.springer.com/article/10.1007/s11427-020-1656-8
Por Matheus Lopes